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João Arroio e documentos do Processo Arroio e Amor de Perdição

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João Arroio e documentos do Processo Arroio e Amor de Perdição

Detalhes do registo

Nível de descrição

Unidade de instalação   Unidade de instalação

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP/14ª GERAÇÃO-A-E/001/0028

Tipo de título

Atribuído

Título

João Arroio e documentos do Processo Arroio e Amor de Perdição

Datas de produção

1900-08-29  a  1911-11-17 

Dimensão e suporte

83 doc.; papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Nasceu na cidade do Porto no seio de uma família ligada ao meio artístico, filho do compositor e músico basco José Francisco Arroyo, primeiro diretor do Teatro de São João, do Porto, e irmão do conhecido engenheiro e crítico de arte António Arroio e de José Diogo Arroio, este também músico e cantor, doutorado em Química pela Universidade de Coimbra, político e professor catedrático de Química Inorgânica e diretor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.Depois de realizar estudos preparatórios na sua cidade natal, matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Ainda estudante naquela Universidade, liderou no ano de 1880, no âmbito das comemorações do tricentenário camoniano, a fundação do Orfeon Académico de Coimbra, de que foi seu primeiro regente. No espetáculo de estreia do Orfeão, João Arroio dirigiu a orquestra que acompanhou o seu irmão António Arroio, que cantou a solo.Doutorou-se em Direito no ano de 1884 e em Dezembro de 1895 foi nomeado professor catedrático da Faculdade de Direito de Coimbra. Esteve ligado, com os seus irmãos e alguns amigos, à fundação do Jornal de Notícias no Porto (1888), de que José Diogo Arroio foi o primeiro diretor. Foi eleito em 9 de Dezembro de 1892 sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, na Classe de Letras.Em 1884, foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Vila do Conde, integrado nas listas do Partido Regenerador, mantendo-se na Câmara dos Deputados até 1902, acumulando com a atividade docente. Em 1890, com apenas 29 anos de idade, foi nomeado Ministro da Marinha e Ultramar no ministério de Serpa Pimentel, após da queda do governo Progressista que se seguiu ao Ultimato. Foi também Ministro da Instrução Pública e Belas Artes de 5 de Abril a 13 de Outubro de 1890. A sua ação ministerial foi curta e discreta, contrastando com as suas numerosas intervenções parlamentares, que revelaram qualidades de grande orador. Nas atas parlamentares há intervenções e referências a João Arroio em cerca de duas mil páginas, entre 1884 e 1910. Ainda arranjou tempo para ser vogal do Tribunal de Contas e administrador da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, circunstâncias que fizeram dele um homem rico, detentor de uma grande coleção de arte e de um palacete na Rua do Telhal, em Lisboa, frequentado por toda a alta sociedade da capital portuguesa.Em 1900-1901 integrou o governo presidido por Hintze Ribeiro, desta feita com a pasta de Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em 1902, ano em que rompeu com Hintze Ribeiro, foi nomeado Par do Reino. Durante os últimos anos de Monarquia, João Arroio foi um dos mais salientes membros da oposição parlamentar, fazendo-se notar pelos seus discursos na Câmara dos Pares contra João Franco, o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia, que apavoravam o monarca. A sua violência contra o rei explicar-se-ia pela recusa, por parte deste, em nomeá-lo para o Conselho de Estado. Na véspera da Revolução Republicana, a 4 de Outubro de 1910, João Arroio foi nomeado embaixador em Paris, cargo que já não chegou a ocupar. Em 1911 foi exonerado de professor universitário, embora o historiador monárquico António Cabral o tenha considerado um dos culpados pela queda da Monarquia.Fonte: Wikipédia.