Casa de Refalcão

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Casa de Refalcão

Detalhes do registo

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/MVNF/AMAS/ACP-CR/A

Tipo de título

Atribuído

Título

Casa de Refalcão

Datas de produção

1559  a  1833 

Produtor descritivo

Casa de Refalcão

História administrativa/biográfica/familiar

No Arquivo Casa de Pindela existe um documento (na posse da família), uma carta de padrão em que se faz memória dos serviços de Bento de Portilho de Magalhães, filho de José de Magalhães, na Guerra da Sucessão de Espanha, em que Portugal se envolveu:"obrados na provincia de Entre-Douro-e-Minho e nas campanhas da Beira, Trás-os-Montes, Alentejo e reino de Castela, por espaço de 20 anos, 4 meses e 29 dias, em praça de soldado infante, na de cabo de esquadra de granadeiros, sargento supra e do número deles e ultimamente no posto de alferes de Infanteria, vivo e reformado, contado tudo de 20 de Agosto de 1704 até 25 de Setembro de 1725". Em 1707, Bento de Magalhães foi aprisionado na batalha de Almança onde esteve preso 7 meses e 12 dias; depois, já em 1711, no cerco imposto pelas tropas portuguesas a Miranda do Douro, ocupada pelos espanhóis, "quebrou o braço direito pelo cotovelo, portando-se nesta ocasião com muito valor e zelo do real serviço". Na mesma carta de padrão refere-se os serviços de Luís de Magalhães, Senhor da casa de Refalcão, filho de Francisco de Magalhães: "obrados no posto de capitão do Terço de Auxiliares da provincia de Minho C...), de 3 de Junho de 1704 até fim de Julho de 1711, em cujo tempo assistiu nas praças fronteiras, entrando e saindo da guarda, fazendo tudo o que lhe foi encarregado". Os laços de família estreitaram-se entre Bento de Portilho de Magalhães e Luís de Magalhães com o casamento de Paulo Pinto de Magalhães, neto de Luís de Magalhães, com Angélica Maria de Gouveia, sobrinha de Bento de Portilho de Magalhães.As filhas deste casal, Matilde Maria de Magalhães e Gouveia e Maria Madalena de Magalhães e Gouveia, seriam amerceadas com a tença de 9 mil reis cada uma e o seu pai com a de 12 mil reis mais o Hábito da Ordem de Cristo.Paulo Pinto da Mesquita e Magalhães, casou com Angélica Maria de Gouveia de Magalhães e Portilho. Tiveram 5 filhos: Manuel Pinto de Magalhães, Abade de S. Miguel de Entre-Ambos-os-Rios, Abade de Tibães, com nome Frei Manuel dos Serafins; Matilde; Maria Madalena; e Luís Pinto de Magalhães e Gouveia (Luís Pinto Falcão de Mesquita), nascido entre 1735-1740?. Casou com Maria Pereira. Tiveram 1 filha, nascida cerca de 1760, Maria Angélica Rita Pinto Pereira de Magalhães e Gouveia (Maria Angélica Pinto Falcão de Mesquita e Magalhães) que faleceu a 01.05-1799. Esta casou com João Machado de Melo Pinheiro e Figueira, 10º Morgado de Pindela, 6º Senhor do Padroado do Mosteiro de Santa Eulália de Arnoso, 4º Morgado dos Guerras.O ACP possui documentação da Casa de Refalcão proveniente dos dotes e bens deixados a Maria Angélica por tios eclesiásticos e algumas certificações de feitos militares de membros da família na guerra da Sucessão de Espanha (1707). A partir do casamento, em fevereiro de 1795, o 10º Morgado recebeu um dote (CP 13130) em que herda a quinta de Refalcão, e esta integra-se no morgadio de Pindela.Quatro anos depois, a sua mulher falece, a 1 de maio de 1799, no documento formal de partilhas, à morte de Maria Angélica (CP 13189) ela deixa roupa, espadas, móveis, louça, ouro, adereços vários, uma parelha de mulas para os seus filhos. Desta forma, a Casa de Pindela herda a Casa de Refalcão, em Santa Senhorinha, Cabeceiras de Basto.