Relatório e contas apresentados em Ass. geral de 20 de Janeiro de 1944 e referentes aos anos de 1936, 37, 38, 39, 3 40 e 1941 e 1942 e 1943
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Relatório e contas apresentados em Ass. geral de 20 de Janeiro de 1944 e referentes aos anos de 1936, 37, 38, 39, 3 40 e 1941 e 1942 e 1943
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/AHBVF/C/0007/000002
Tipo de título
Atribuído
Título
Relatório e contas apresentados em Ass. geral de 20 de Janeiro de 1944 e referentes aos anos de 1936, 37, 38, 39, 3 40 e 1941 e 1942 e 1943
Datas de produção
1944-01-20
a
1944-01-20
Dimensão e suporte
10 f. (27,5 x 22 cm); papel
Âmbito e conteúdo
Transcrição de algumas passagens:"Sorteio de um Relógio Reguladora - Fez-se um sorteio de um relógio oferecido pela firma a Boa Reguladora tendo os bilhetes sido vendidos na Vila, concelho e fora dele por intermédio de Hilário Carvalho e António Melo e a grande maioria deles por amigos da Associação que outros amigos nos recomendaram. O resultado líquido do sorteio foi de Esc. 15:071$20. Terreno para a parada- que em hora feliz o Sr. Hilário Carvalho propôs se comprasse à Senhora D. Teresa Carvalho adquirindo-se-lhe o campo que fica nas traseiras do edifício da nossa sede e onde se dispensou a quantia de trinta contos. Terraplanou-se e murou-se este terreno e fez-se a sua inauguração oficial em 23/6/37 com uma festa típica a todos os títulos curiosa e onde se apresentou o grupo folclórico de Barcelos. Tudo corria pois normalmente quando na noite fatídica de 11 de Setembro de 1937 e quando tudo se encontrava preparado para a ida à Póvoa de Varzim dos nossos bombeiros onde se deslocavam a convite da Câmara Municipal daquela Vila então presidida pelo nosso conterrâneo Dr. Abílio Garcia de Carvalho para ali realizarem um simulacro de incêndio imaginando aquela Vila atacada por aviões que lançavam granadas e gases asfixiantes pelo que os Bombeiros iriam trabalhar com máscaras antigás sendo assim o primeiro exercício que no País se fazia deste modo, foi que se deu o Desastre de Moço Morto. Quando os socorros por volta das 8 horas da noite foram pedidos para a freguesia de Requião saiu da Corporação o Packard n.º 1 (Delfim Ferreira) conduzido pelo mecânico Mário Simões (que estava desencartado) levando ao seu lado o sócio encartado Sr. Plácido Sampaio Carvalho e na guarnição dos voluntários segundo patrão Alberto Ferreira da Costa (Veloso) e praças Adriano Paredes, António Mesquita e Fausto Amaral. Junto ao cemitério Municipal, por maldade, imprevidência ou fatalidade deu-se um terrível choque com a viatura dos bombeiros famalicenses que era conduzida pelo motorista de praça Augusto Ferreira resultando deste batimento ferimentos muito graves ao voluntário António Mesquita a quem teve de ser amputada uma perna além de ferimentos de menos gravidade aos restantes nossos voluntários e aos famalicenses. Além destes ferimentos foram atropeladas e morreram 5 mulheres que na ocasião passavam tendo-se salvo apenas uma infeliz criança de poucos meses de idade que ia na companhia da mãe. […]Comissão Administrativa- O Governador Civil de Braga Licínio Presa entendeu após este desastre dissolver as Direcções das duas Associações de Bombeiros e nomear para as administrar uma comissão administrativa constituída pelos seguintes cavalheiros: / Dr. Joaquim Teixeira de Melo, Dr. João Machado da Silva e Dr. Armindo Alves Correia de Araújo que veio tomar conta das duas Associações no dia 20 de Setembro deste mesmo ano de 1937. / Desta resolução do Governador Civil de Braga veio a resultar a dissolução da Associação dos Bombeiros Famalicenses em virtude da atitude por esta tomada quando a Comissão Administrativa ali foi para tomar conta dos haveres daquela Associação. / Na nossa casa esperámos à porta de entrada aquela Comissão que percorreu toda a Associação entregando-lhe nós na Secretaria um mapa onde constavam todas as nossas contas e um inventário dos nossos haveres que aqueles senhores em todas as folhas rubricaram.Em face da atitude ordeira e educada como nesta casa se recebeu a Comissão Administrativa esta entendeu que a Direcção embora dissolvida podia e devia continuar a administrar e a gerir os interesse da Associação dando-lhes no entanto conta de tudo quanto se passava. Ficou portanto a Direcção sobre a tutela da Comissão mas ordenando o que fosse necessário. Como os colegas bombeiros Famalicenses foram extintos por uma portaria publicada no Diário do Governo ficou a nossa Corporação a atender sozinha todo o serviço de incêndios e assistência do concelho […].Ordem de Benemerência- Conseguiu-se por intermédio do nosso Amigo Sr. Dr. José Oliveira, então Governador Civil de Braga que o Governo da Nação nos concedesse o grau de OFICIAL DA ORDEM DE BENEMERÊNCIA.Festas das Bodas de Ouro da Associação - Completamente arranjada a nossa casa foi ainda o Sr. Hilário Carvalho quem propôs realizássemos as festas das bodas de oiro desta casa que embora passadas no ano de 1940 só agora se podiam realizar o que se fez em Outubro de 1943 com um brilho e uma pompa que dificilmente festas nesta casa poderão suplantar. A elas presidiu o Sr. Dr. Oliveira na qualidade de Governador Civil do distrito, Presidente da Câmara de Famalicão, todas as representações locais e as melhores famílias de Famalicão. Os jornais de Famalicão melhor do que nós dizem o que foram estas Festas.Medalhas de Ouro da Câmara de Famalicão- Naquelas Festas o Sr. Governador Civil fez a imposição das insígnias de Oficial Ordem de Benemerência e o Sr. Presidente da Câmara Dr. José Jácome impôs também no nosso estandarte a Medalha de Ouro de Serviços Distintos da Câmara de Famalicão, justiça que ficamos a dever ao então vereador do pelouro de incêndios Sr. José Casimiro da Silva.Relator: Hilário Carvalho
Condições de acesso
Comunicável, sem restrições legais.
Cota descritiva
AHBVF 179 - cx. 45depósito 3, estante 11
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Em regular estado de conservação. Documento datilografado.
Instrumentos de pesquisa
ODA