Alberto Sampaio (1841-1908)
Nível de descrição
Subfundo
Código de referência
PT/MVNF/AMAS/AS-AS
Tipo de título
Atribuído
Título
Alberto Sampaio (1841-1908)
Datas de produção
1855
a
1941
Dimensão e suporte
866 u.i.; papel.
Produtor descritivo
Alberto Sampaio
Âmbito e conteúdo
Alberto Sampaio nasceu em Guimarães, a 15 de novembro de 1841. Matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, concluindo o bacharelato em 1863. Durante os cinco anos que passou na Lusa Atenas - onde conviveu com algumas figuras notáveis da sua geração, entre as quais Antero de Quental, José Falcão, Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, António de Azevedo Castelo Branco e Alberto Teles -, foi um ativo participante das correntes de renovação que agitaram a sociedade estudantil coimbrã, intervindo como colaborador e redator de várias publicações académicas. Recém-diplomado, procurou iniciar uma carreira de advogado em Lisboa, tentativa que a inadaptação à vida cosmopolita da capital frustrou, trazendo-o de regresso ao Minho, à Quinta de Boamense, propriedade dos seus pais, situada na freguesia de Cabeçudos, concelho de Vila Nova de Famalicão. Em 1869, integrou a filial de Guimarães da Associação Arqueológica de Lisboa e, quatro anos mais tarde, o núcleo de fundadores da Companhia dos Banhos de Vizela. O seu nome está também ligado à fundação da Sociedade Martins Sarmento, a qual o distinguiu como sócio honorário em 1881. Considerado, no seu tempo, um profundo conhecedor do mundo rural, especialmente no domínio da vitivinicultura, área em que a excelência dos vinhos verdes produzidos em Boamense foram internacionalmente premiados, os seus serviços de aconselhamento foram, por esse motivo, frequentemente solicitados. De entre eles, destaca-se pela sua importância, a extensa colaboração que, a pedido de Oliveira Martins, prestou na elaboração do Projeto de Lei de Fomento Rural, o qual, embora nunca tenha sido votado, seria por este apresentado na Câmara dos Deputados, em abril de 1887. Antes disso, já Alberto Sampaio tinha publicado, em 1884, O Presente e o Futuro da Viticultura no Minho, o seu primeiro grande contributo para o conhecimento da economia rural do norte do país, e desempenhado, nesse mesmo ano, com assinalável brilho, as funções de diretor técnico da 1.ª Exposição Industrial de Guimarães. No entanto, seria com As Vilas do Norte de Portugal e, mais tarde, As Póvoas Marítimas, duas obras-primas, das quais a última, sobre as origens da nossa aventura marítima, ficaria, infelizmente, inacabada, que Alberto Sampaio viria a revelar, em toda a plenitude, o seu excecional talento para a investigação histórica, afirmando-se como pioneiro da história económica em Portugal. Quer estes, quer outros trabalhos, foram publicados nalgumas das revistas de maior prestígio literário e científico da época, tais como a «Revista de Portugal», dirigida por Eça de Queirós, e a «Portugália», editada por Ricardo Severo e Rocha Peixoto. Morreu na sua Casa de Boamense em 1 de dezembro de 1908. Em 1923, por iniciativa o seu grande amigo Luís de Magalhães, a Livraria Chardron Lello & Irmão publicou parte da sua obra sob o título Estudos Históricos e Económicos.Fonte: Faria, E. N.; Martins, A. org., introd., notas (2008). Cartas a Alberto Sampaio. Porto: Campo das Letras.
Condições de acesso
Comunicável, sem restrições legais.
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Em regular estado de conservação.
Instrumentos de pesquisa
ODA